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Já o paradigma iluminista dá uma outra tonalidade à Maçonaria nascente.
Podemos entender o iluminismo como um movimento filosófico nascido no século XVIII e que se desenvolve particularmente na França, Alemanha e Inglaterra, cuja característica marcante é a defesa da ciência e da racionalidade, contra a fé, a superstição e o dogma religioso.

Não foi propriamente a Maçonaria que fez essas revoluções, mas apenas pelo fato de conviver e compartilhar com as mesmas ideias e ideais iluministas é que ela, através dos seus membros, vai ter uma participação marcante em todas as lutas de libertação na Europa e nas Américas.
Nos nossos Rituais e outros documentos maçônicos vemos claramente a influência desses dois paradigmas. No Rito Escocês Antigo e Aceito vemos tanto influência da cabala, da astrologia, do misticismo medieval, da numerologia (paradigma renascentista), como do iluminismo (vejam nossos princípios expostos na Constituição do Grande Oriente do Brasil). Já no Rito Moderno há uma prevalência maior do paradigma iluminista, com acentuado tom racionalista, ou seja, a ideia de que o homem pode se emancipar através da razão e do saber. Entretanto, alguns Irmãos e escritores maçônicos tomam partido de um ou outro paradigma como se o seu paradigma fosse o único, quando na realidade ambos tem forte influência na Moderna Maçonaria, desde o seu início no século XVIII.
É importante entendermos que nenhum Rito é totalmente hermético ou místico e nenhum Rito é totalmente racionalista. O Rito Escocês Antigo e Aceito tem muito do Paradigma Iluminista e o Rito Moderno tem algo do Paradigma Hermético.
Fonte: Loja de Estudos e Pesquisas Maçônicas Sabedoria Triunfante nº 4069:
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