Desde o seu surgimento como estado, Portugal lutou muito para existir, enquanto um país soberano, contra vários adversários.
Primeiro
foram os invasores muçulmanos vindos do norte da África desde o início do
século VIII, que em 711 invadem a Península Ibérica, derrotam os Visigodos na
batalha de Guadalete e em poucos anos ocupam todo o território, à exceção de
uma zona a norte, as Astúrias e o país Basco. Foi aí que se refugiaram os
nobres visigodos, e foi daí que partiu a Reconquista Cristã das terras perdidas
aos muçulmanos na Península Ibérica.
Brasil, Portugal e os Cavaleiros
Templários
Os
Cristãos foram se organizando em vários reinos, o primeiro foi o das Astúrias,
que mais tarde deu origem ao reino de Leão e Castela e depois se formou o reino
de Navarra e Aragão.
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Um
mapa com a evolução das fronteiras dos territórios na Península Ibérica ao
longo da luta pela reconquista das terras aos muçulmanos, 790-1300. Em VERDE os
territórios dominados pelos muçulmanos.
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{Nota Thoth: Os
visigodos foram um de dois ramos em que se dividiram os godos, um povo
germânico originário do leste europeu, sendo o outro os ostrogodos. Ambos
pontuaram entre os bárbaros que penetraram o Império Romano tardio no período
das migrações. Após a queda do Império Romano do Ocidente, os visigodos tiveram
um papel importante na Europa nos 250 anos que se seguiram, particularmente na
península Ibérica, onde substituíram o domínio romano na Hispânia, reinando de
418 até 711, data da invasão muçulmana. Os vestígios visigóticos em Portugal e
Espanha incluem várias igrejas e descobertas arqueológicas crescentes, mas
destaca-se também a notável quantidade de nomes próprios e apelidos que
deixaram nestas e noutras línguas românicas. Os visigodos foram o único povo a
fundar cidades na Europa ocidental após a queda do Império Romano e antes do
pontuar dos carolíngios na França. Contudo o maior legado dos visigodos foi o
direito visigótico, com o Liber iudiciorum, código legal que formou a base da
legislação usada na generalidade da Ibéria cristã medieval durante séculos após
o seu reinado, até ao século XV, já no fim da Idade Média.}
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A indumentária, joias e armas dos Visigodos
Houve recuos e avanços na luta pela
Reconquista e só quando os muçulmanos se dividiram é que os Cristãos ganharam
terreno na península Ibérica, mas os muçulmanos pediram a ajuda aos Almorávidas
e foi então que D. Afonso VI, rei de Leão e Castela foi obrigado a pedir ajuda
aos franceses.
Então a Borgonha na França envia o Conde Dom Henrique para combater os mouros em
1094. Com os seus méritos de cavaleiro em batalha, D. Henrique ganha de D.
Afonso VI o Condado Portucalense após casar-se com sua filha. Durante a
Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, constituído m 1095 em
feudo do rei Afonso VI de Leão e Castela e oferecido a Henrique Conde de
Borgonha, bisneto do rei francês que veio auxiliá-lo na luta pela reconquista
de terras aos mouros, tendo também recebido a mão de sua filha, a infanta D.
Teresa de Leão.
Foto cavaleiro-templário-acre
Este último condado era muito maior em
extensão, já que abarcava também os territórios do antigo condado de Coimbra,
suprimido em 1091, partes de Trás-os-Montes e ainda do sul da Galiza. Com o
estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi
reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal
tornou-se assim o mais antigo Estado-nação da Europa.
Com o passar dos anos o Condado
Portucalense deixa de ser um mero apêndice da Espanha para se tornar um estado
soberano com dinastia real própria, com fronteiras bem definidas, claras
divisões administrativas, um exército leal ao rei e com o reconhecimento e apoio do Santo Papa (algo
fundamental naqueles tempos), sua própria moeda, e um idioma próprio com
características bem distintas do resto da Europa, e que viria a criar um vasto tesouro
literário para o qual contribuiriam gênios como Antero de Quental, Luís de
Camões, Eça de Queiroz, Camilo Castelo Branco e muitos outros.
A primeira crônica escrita pelos
portugueses sobre o Brasil (a conhecida carta de Pero Vaz de Caminha ao rei de
Portugal) é um exemplo das possibilidades que o idioma português é capaz de
produzir em mãos hábeis comandada por mentes observadoras.
Existe um capítulo fundamental na extensa e
aguerrida formação da história de Portugal que é pouco conhecida de nós
brasileiros e pouco reconhecida pelos acadêmicos. A relevância da Ordem dos
Cavaleiros Templários (os monges guerreiros) na história de Portugal. Os
Templários foi uma Ordem de Cavalaria de guerreiros da elite da nobreza
europeia, tendo seus altos escalões sido formados e preenchidos pelas
principais casas da aristocracia da Europa.
A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e
do Templo de Salomão (em latim “Ordo Pauperum Commilitonum Christi Templique
Salominici“), mais conhecida como Ordem dos Templários, Ordem do Templo ou
Cavaleiros Templários, foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria,
mas com certeza a mais importante de todos os tempos.
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A Igreja de Santa Maria dos Olivais, também
referida como Igreja de Santa Maria do Olival, localiza-se na margem esquerda
do rio Nabão, na cidade de Tomar, distrito de Santarém, em Portugal. O
primitivo templo foi fundado por volta de 1160 por D. Gualdim Pais, mestre da
Ordem dos Cavaleiros Templários, no local onde anteriormente se erguia um
mosteiro da Ordem beneditina, mandado edificar no século VII por São Frutuoso,
Arcebispo de Braga. Esta zona integrava a antiga cidade romana de Sélio, fato
confirmado por escavações levadas a cabo nas imediações desta igreja, e que
puseram a descoberto alicerces e estruturas dos antigos edifícios e
arruamentos. Erguida no século XII, foi a sede da Ordem dos Templários no país,
tendo servido como panteão dos mestres da Ordem. Diante da extinção da Ordem,
esta igreja tornou-se a cabeça da Ordem de Cristo, tornando-se na matriz de
todas as igrejas do Império Português, com honras de Sé Catedral.
A organização existiu por cerca de dois
séculos na Idade Média, fundada no rescaldo da Primeira Cruzada de 1096, com o
propósito original de proteger os cristãos que voltaram a fazer a peregrinação
a Jerusalém após a conquista da Terra Santa. Os seus membros faziam votos de
pobreza e castidade e da fé em Cristo para se tornarem monges, usavam mantos
brancos com a característica cruz vermelha, e o seu símbolo passou a ser um
cavalo montado por dois cavaleiros.
O nome da ordem é em decorrência do local
onde originalmente se estabeleceram (no Monte do Templo em Jerusalém, onde
existira o Templo de Salomão, destruído em 70 d.C pelas legiões romanas de Tito
Vespasiano, e onde se ergue a atual Mesquita de Al-Aqsa). Os Templários entraram em Portugal ainda no
tempo de D. Teresa, que lhes doou a povoação de Fonte Arcada, Penafiel, em
1126.
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Igreja do Castelo dos Templários de Tomar. A sua planta
circular evoca a Igreja dos Templários em Jerusalém.
Um ano depois, a viúva do conde D. Henrique
entregou-lhes o Castelo de Soure sob compromisso de colaborarem na conquista de
terras aos mouros. Em 1145 receberam o Castelo de Longroiva e dois anos
decorridos ajudaram D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e ficaram
responsáveis pelo território entre o Mondego e o Tejo, a montante de Santarém.
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Os Templários Portugueses a partir de 1160 ficaram
sediados na cidade de Tomar.
Através da bula papal Regnans in coelis em
12 de agosto de 1308, o Papa Clemente V dá conhecimento aos monarcas cristãos
do processo movido contra os Templários, e pela bula Callidi serpentis vigil
(dezembro de 1310) decretou a prisão e a extinção dos mesmos.
Em Portugal, a partir de 1310 e da bula
papal o rei D. Dinis buscou evitar a transferência dos bens da ordem extinta
pela igreja para os Hospitalários e sutilmente apoiou todos os Cavaleiros
Templários que buscaram refúgio em seu reino.
Posteriormente, a 15 de março de 1319, pela bula papal Ad ae exquibus o
Papa João XXII instituiu a Ordo Militiae Jesu Christi (Ordem da Milícia de Jesus Cristo) à qual
foram atribuídos os bens da extinta ordem dos Templários no país.
A primeira sede dos Cavaleiros Templários,
a Mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém, o Monte do Templo. Os Cruzados
chamaram-lhe de o Templo de Salomão, na medida em que foi construído em cima
das ruínas do Templo original dos hebreus, e foi a partir desse local que os
cavaleiros tomaram seu nome de Templários.
Além de possuir riquezas (até hoje ainda
procuradas) e uma enorme quantidade de terras na Europa, a Ordem dos Templários
possuía uma grande esquadra de navios. Os cavaleiros, além de temidos
guerreiros em terra, eram também exímios navegadores e utilizavam sua frota
para deslocamentos e negócios com várias nações.
Devido ao grande número de membros da
Ordem, apenas uma parte dos cavaleiros foram aprisionados (a maioria
franceses). Os cavaleiros de outras nacionalidades não foram aprisionados e
isso possibilitou-lhes refugiarem-se em outros países. Segundo alguns
historiadores, alguns cavaleiros foram para a Escócia, Suíça, Portugal e até
mais distante, usando seus navios. Muitos deles mudaram seus nomes e se
instalaram em países diferentes, para evitar uma perseguição do rei francês e
da Igreja.
Foto cavaleiro-templário
O desaparecimento da esquadra da ordem é
outro grande mistério. No dia seguinte ao aprisionamento dos cavaleiros
franceses, toda a esquadra zarpou dos portos franceses durante a noite,
desaparecendo sem deixar registros, para nunca mais ser vista. Por
“coincidência” nessa mesma data (1307), o Rei Português D. Dinis nomeava o
primeiro almirante Português de que existe memória, apesar de Portugal não ter
armada.
Por outro lado, D. Dinis evitava entregar
os cavaleiros Templários e os bens dos mesmos à Igreja e conseguiu criar uma
nova ordem de cavalaria, a nova Ordem dos Cavaleiros de Cristo em 1318 com base
na Ordem Templária, adotando para símbolo uma adaptação da cruz orbicular
Templária, levantando a dúvida de que ele estava protegendo os Cavaleiros
Templários e podemos supor que foi com a honra intacta que todos eles
ingressaram na nova ordem criada por dom Dinis, rei de Portugal.
Na verdade, não há consenso entre os
historiadores sobre a composição da nova ordem de cavaleiros e monges
guerreiros, para alguns, os templários portugueses (presentes no país desde os
tempos do fundador dos Templários, Hugo de Payns) teriam apenas trocado de
nome. De qualquer maneira, a Ordem dos Cavaleiros de Cristo herdou todas as
propriedades e fortalezas de sua antecessora, assim como os votos de pobreza,
castidade e obediência (agora ao rei de Portugal).
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Caravela Templária, da Ordem dos Cavaleiros de Cristo,
que se fizeram ao Mar quando o tempo chegou: em 08 de Março de 1500*, para
(re)descobrirem o Brasil.
Novas mudanças liberaram os cavaleiros de
seu voto de castidade e pobreza, permitindo que navegadores como Cristovão
Colombo, Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama se tornassem membros da Ordem de
Cristo. Os navios que aportaram no Brasil pela primeira vez traziam em suas
velas o emblema da Cruz da Ordem de Cristo, aparentemente uma versão modificada
da antiga cruz templária.
Ao longo do século seguinte, os
consideráveis recursos militares, econômicos, e principalmente o conhecimento
de rotas e correntes marítimas, da construção de navios transoceânicos, a posse
de mapas, e o CONHECIMENTO DE TERRAS EXISTENTES À OESTE DE PORTUGAL que os
líderes da ordem dos Cavaleiros Templários detinham quando passaram a ser comandados
pelo rei Dom Dinis, foram direcionados para a expansão marítima portuguesa, que
estava ganhando impulso. A Ordem de Cristo ganharia soberania sobre os
territórios que conquistasse na África, bem como direito a 5% do valor das
mercadorias vindas da região.
Os ex-templários, agora Cavaleiros da Ordem
de Cristo, estabeleceram escolas náuticas e construíram estaleiros, sigilosamente construíam navios e
confeccionavam mapas geográficos costeiros e náuticos, com correntes marinhas,
ilhas, ilhotas e abrolhos, estudavam a navegação pelos astros, os ventos, a
atmosfera, e a dirigibilidade das velas; determinavam como deviam ser
construídos os cais e ancoradouros; compilaram o que hoje se chamaria uma
minuciosa oceanografia. Sempre almejando derrotar os mouros e lançar-se ao
grande mar em busca de “novas” terras que eles já sabiam que existiam.
Portugal vive assim quatro séculos, de 1200
a 1600 mergulhado em febril projeto de expansão marinha. Desbrava e conquista
muitos locais, a Ilha da Madeira e os Açores e mais locais no litoral na
África, ali fincando fortes e postos avançados para comércio e evangelização
dos povos nativos.
Assim igrejinhas brancas são erguidas nos
cimos dos morros para serem vistas de longe, de quem chega pelo mar. Novas
colônias são implantadas. No início do século XVII Portugal já é o quinto país
mais poderoso do mundo.
Pedro Álvares Cabral era um membro
nobilíssimo da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. Em segredo ele era um Cavaleiro
Templário que quando chegou às Terras de Vera Cruz, mais tarde Santa Cruz e por
fim Brasil, nas praias da Bahia ele trazia em suas mãos, em um gesto reverente
e respeitoso, a bandeira da Ordem dos Cavaleiros de Cristo, sucessora dos
Cavaleiros Templários, que foi hasteada na praia.
Não era a bandeira do Reino de Portugal,
mas a da Ordem dos Cavaleiros de Cristo. O mesmo gesto o navegante sob a
bandeira espanhola, Cristovão Colombo teve ao descer nas novas terras das ilhas
que descobrira quando chegou à America do Norte, também desfraldando a bandeira
dos Cavaleiros Templários …
“E CRISTO, vendo
a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele também os
seus discípulos; e, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo:
Bem-aventurados
os humildes, porque deles é o reino dos céus;
Bem-aventurados
os que choram, porque eles serão consolados;
Bem-aventurados
os mansos, porque eles herdarão a terra;
Bem-aventurados
os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos;
Bem-aventurados
os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia;
Bem-aventurados
os limpos de coração, porque eles verão a Deus;
Bem-aventurados
os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus;
Bem-aventurados
os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos
céus” – Mateus 5:1-10
O lema dos Templário: “Non nobis Domine,
non nobis, sed nomini tuo da gloriam” (Salmo. 115:1 – Vulgata Latina) que
significa “Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao teu nome dá glória” (tradução
Almeida).
(*) A data da partida de Cabral, em 8 DE MARÇO (em
tempos modernos o Dia Internacional da MULHER) tem conexão com a suástica,
símbolo sagrado da ÍNDIA (apropriado pelos nazistas da Alemanha, que possuíam
vasto conhecimento oculto) e cuja origem esta no movimento das Constelações da
Ursa Maior e Menor, cuja principal estrela, Polaris, era a estrela guia dos
antigos navegantes, pois marcava (e ainda nos dias de hoje) o polo norte
celeste …
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